sobre o transfemina

TransFemina: Intersectional Landscapes é um projeto de dois anos financiado pelo programa Europa Criativa, e que pretende criar espaços de reflexão, discussão e ação coletiva sobre a invisibilidade das narrativas feministas no património cultural e as desigualdades nos espaços públicos de 3 cidades sul-europeias - Porto, Barcelona e Modena. “Quanto espaço, físico e simbólico, ocupam as mulheres nas cidades?” é a premissa sobre a qual o projeto é construído.

agenda

Com fer feminista la nostra ciutat?

5 e 6 Junho 2024, Barcelona

Nos dias 5 e 6 de junho, TransFemina realizou o seu primeiro encontro público, com a participação de pessoas de diferentes bairros locais e coletivos artísticos e feministas.

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Como construir cidades mais feministas?

19 e 20 Março 2025

Nos dias 19 e 20 de março de 2025, o projeto TransFemina organizou o seu 2.º Encontro Transnacional no Porto, com conversas, instalações, oficinas e percursos exploratórios pela cidade.

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A Cidade Invisível – Cartografia(s) dos Caminhos Diários

29 junho 2025, Campanhã, Porto

No dia 29 de junho, TransFemina apresenta a performance-soundwalk resultante do trabalho do Laboratório Local do Porto desenvolvido desde setembro de 2024 e que reúne histórias e experiências dos participantes.

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Come rendere le città più femministe?

17 – 19 October 2025, Modena

In October, partners and friends gather for a final moment in Modena, to exchange experiences on the project and celebrate the process!

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Here: sono nata per camminare

19 October 2025, Modena

A day-long sound journey: the voices of women and queer individuals traverse the city, rewriting its space with their bodies, words, and listening.

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diário de bordo

Vê as últimas novidades sobre as atividades de cada cidade do projeto e explora sobre o que temos pensado, trabalhado e esperado para o futuro.

parceiras

Pele

Pele

Porto, Portugal

A PELE é um coletivo que desenvolve projetos de criação artística enquanto espaços de reflexão, ação e participação cívica e política, potenciando processos de transformação individual e coletiva.

Desde 2007 procura que a sua atuação se mantenha alinhada com as urgências dos territórios e das comunidades, privilegiando a acessibilidade e a participação artística em múltiplas centralidades. Através do cruzamento de públicos, sectores, linguagens artísticas, territórios e parceiros, gera espaços de tomada de decisão horizontais e modelos alternativos de criação coletiva. 

www.apele.org

Collettivo 
Amigdala

Collettivo
Amigdala

Modena, Itália

O trabalho da Amigdala ativa diferentes níveis: criações originais artísticas, história pública e antropologia, educação para a cidadania ativa, travessias urbanas e paisagem. O coletivo realiza produções artísticas multidisciplinares, com vocação definida para metodologias de criação específicas para cada local e para cada comunidade. As produções da Amigdala assumem a forma de performances, projetos de arte pública, instalações, paisagens sonoras e têm sempre uma forte ligação com o local que as acolhe. Estas obras são apresentadas em Itália e no estrangeiro em festivais, revistas e iniciativas culturais. O festival Periferico é um dos seus principais projetos e é dedicado às ligações entre as artes performativas, as comunidades locais e o tecido urbano.

collettivoamigdala.com

Col·lectiu Punt 6

Col·lectiu Punt 6

Barcelona, Espanha

Uma cooperativa de planeamento urbano e arquitetura sem fins lucrativos com mais de 17 anos de experiência local, nacional e internacional. Trabalham a partir de uma perspetiva feminista interseccional através da participação e ação comunitária. Estão empenhadas em repensar os espaços domésticos, comunitários e públicos numa perspetiva feminista, com mais de 400 projetos realizados em diferentes esferas. O Col·lectiu Punt 6 desenvolve metodologias próprias (quantitativas, qualitativas e participativas) que são adaptadas ao contexto e às pessoas com quem trabalham. Estão também envolvidas em investigação, ensino e formação para a administração pública e organizações sem fins lucrativos.

www.punt6.org/es/es-col-lectiu-punt-6/

manifesto comum

Projetar Paisagens - Visão, Desejos e Ambições

  • Amplificar Narrativas Ocultas

    Desejamos revelar, amplificar e celebrar narrativas e corpos silenciados – privilegiando mulheres de todas as idades, identidades queer, migrantes, pessoas com deficiência, pessoas racializadas... – no espaço público, promovendo a visibilidade de narrativas feministas. Queremos ouvir as vozes e histórias silenciadas da cidade.

  • Cultivar Espaços Urbanos Diversos

    Imaginamos uma cidade onde coexistem vários corpos e vozes, desafiando as noções convencionais de decoro urbano para contribuir para a discussão pública e a defesa de políticas. Defendemos o planeamento urbano feminista, apropriando-nos do espaço público numa perspetiva feminista interseccional e colaborando com organizações sociais e artistas locais e internacionais.

  • Participação Plural, Afetiva e Efectiva

    Ambicionamos o envolvimento de grupos sub-representados em processos de reflexão, criação e ação, fortalecendo as comunidades e o sentimento de pertença. Defendemos a priorização das vozes marginalizadas nas esferas públicas e nos processos de tomada de decisão, apoiando a sua ativação e organização para uma participação e ação política efetivas.

  • Derrubar Fronteiras

    Queremos aprender com equipas interdisciplinares e experiências transnacionais, quebrando barreiras físicas e simbólicas para colocar o planeamento urbano feminista na agenda política e apresentar contranarrativas através de intervenções artísticas.

Chão Comum - Valores, Competências e Princípios Orientadores

  • Intersectionalidade Feminista

    Reconhecemos a natureza sistémica das injustiças e desigualdades sociais, reconhecendo a rede complexa e estrutural de questões urgentes e emergentes a nível local, nacional e internacional. Abraçamos uma busca incansável pela mudança, desafiando as normas patriarcais e capitalistas através da desobediência criativa, explorando modelos alternativos enraizados na descentralização, na justiça climática e no cuidado.

  • Transdisciplinaridade

    Exploramos e colocamos em prática diversas ferramentas e campos artísticos – incluindo artes performativas, design urbano, artes visuais, storytelling, design de som, entre outros. Unimos sectores como a cultura, os serviços sociais, o planeamento urbano, a educação, a habitação e mais, recorrendo ao conhecimento popular e académico para enfrentar desafios complexos e estruturais. Valorizamos o envolvimento e as práticas artísticas enraizadas na escuta e na proximidade, reconhecendo os atos de presença e de cuidado como gestos políticos.

  • Multidimensionalidade

    Focamos em diversas escalas: do individual ao coletivo, do local ao internacional. Acreditamos que o corpo é um elemento de um organismo social que representa a comunidade, que desafia o binómio da esfera pública/privada. Trazemos conhecimento situado, incorporado e espacial para integrar uma perspetiva feminista interseccional nos espaços públicos. Promovemos a partilha de conhecimentos e ferramentas entre grupos e territórios para fomentar ações políticas de sororidade, desde o âmbito local ao internacional.

  • Participação Comunitária

    Enfrentamos as complexidades das práticas comunitárias, navegando pelas camadas de tensão com intenção. Entendemos a participação não apenas como um tema, mas como um método de criação e tomada de decisões coletivas, garantindo que as vozes de todas as partes interessadas são ouvidas e valorizadas. Através do envolvimento colaborativo enraizado na participação comunitária, reunimos conhecimentos coletivos e diversas vozes para propor ações para mudanças transformadoras.

  • Representação e Acessibilidade

    Privilegiamos os grupos sub-representados como participantes diretos, garantindo a acessibilidade social e física em todas as atividades e momentos públicos do projeto. Remodelámos os ambientes de vida, colocando o bem-estar das pessoas em primeiro plano através da agência e do compromisso individual e coletivo, lutando por uma sociedade mais equitativa e inclusiva.

  • Organização e Poder Coletivo

    Imaginamos um modelo alternativo baseado no poder coletivo, na transparência e na horizontalidade que questiona e desconstrói as hierarquias estabelecidas e as dinâmicas de poder. Defendemos a prática da cocriação como ferramenta política e a arte como catalisador da transformação individual e coletiva, da análise crítica e da cocriação de futuros alternativos e de diferentes imaginários sociais.